19/03/2009

Um crítico curto e grosso

ok, 3 pessoas já vieram me falar: escreve sobre cine!
Assumo que tenho opiniões fortes sobre o assunto. Porém, irei fazer sem esquema de nota em todos eles, e serão coisas pequenas. Acho que seriam filmes que me atiçaram de alguma forma. Seja por uma cena, uma trilha, um bom diálogo, qualquer coisa.
Comecemos?

Vestido de Noiva - 2006



Baseado na peça de Nelson Rodrigues (genial, incrível, fenomenal) e dirigido, adaptado e produzido pelo seu filho Joffre Rodrigues. O filme ainda conta com atuações (só pontas meeeesmo) do neto e bisneto de Nelson.
Que bonitinho né? Coisa família :)
Voltando... Elenco: vamos pelos 3 principais:
Simone Spoladore - um estilo não muito convencional... Não acho que seja o tipo de atriz que se encaixa em papéis diversos. O rosto estilo Picasso e o sotaque misturado com uma voz doce, não é de agrado do povão... No filme, desaponta. Não traz emoção em todos os planos do filme. Sei que alguns, precisava ser estática (alucinação), porém, não conseguiu uma boa transição (será discutido depois).
Marília Pêra - Ahhhhh, Madame Clessi.... me rendeu ótimas risadas... O sotaque carregadíssimo... le français.. oh mon Dieu!!! Mais porquoi acentuar tanto? Não me pergunte. Acabou por deixar uma coisa cômica. Pelo menos, você sai com uma coisa boa pelo papel. Uma simpatia.
Letícia Sabatela - uma atriz, que confesso, não muda muito, mas, eu adoro. Bonita e com um timing ótimo, faz o que deve ser feito, na medida certa, porém, sempre parece uma coisa ensaiada, mas adoro ver. De novo, um dos papéis fracos...

A direção e roteiro fracos cansam e muito, e confudem. O livro por ser passado em 3 planos (e com uma transição perfeita) acaba sofrendo pela mãos do filho do próprio... Tédio tomam algumas cenas, a não ser quando Marília Pêra volta com o sotaque carregado, que já me colocava um sorriso de volta ao rosto. Não é porque eu já tivesse lido o livro, que a surpresa tivesse acabado, que eu não tenha gostado tanto. De jeito nenhum. Comprei o filme na hora que vi (5 reais na blockbuster, um achado).

A intenção do filme é boa, sério mesmo, mas repito, não convence. O teatro não se saiu bem na sua transição para o cine. Ficou muito caricato. E a necessidade de tomadas externas do filme, quebrou o clima que ele estava querendo criar.
Um caso desses que me lembro claramente, é o de Closer, que o filme ainda parecendo extremamente ensaiado, saiu convincente e brutal.
E o engraçado: Vestido de Noiva tinha potencial para ser muito brutal também.

Vale a pena? Sim, curiosidade, sotaque francês, Simone e Letícia (eu sei, não estão ótimas, mas a dupla vale). Mas, alertando: lento, estranho para quem já leu, e confuso para quem não o fez. E viva Madame Clessi! Ah oui!

07/03/2009

Blonde redhead é o que precisamos

Remember when we found misery
We watched her, watched her spread her wings
And slowly, slowly fly around our room
And she asked for your gentle mind

Misery is a butterfly
Her heavy wings will warp your mind
With her small ugly face
And her long antenna
And her black and pink heavy wings

05/03/2009

Nadando com Eleanor Rigby



Sextas-feiras. BNB. 20:15.
Chego com preguiça, faço o rápido alongamento, nado 1 km, me arrumo e volto para casa.
Mas poxa, sexta a essa hora???
Com cover de Beatles smepre nesse dia, é um prazer :)

Tempo, tempo, tempo, tempo, tempo...

Gostei de uma frase que escutei de minha avó: "A cada 10 anos uma pessoa muda completamente".
Sei que não posso falar muito, afinal as duas primeiras décadas realmente você muda extremamente. Mas achei engraçado foi esse intervalo de tempo, não 5, mas 10 anos.
Essa semana está passando também documentarios da BBC sobre mudanças de pensamento com o decorrer da idade. Você se sente tão vulnerável ao mundo.
Nós nos transformamos com o aumento da responsabilidade e sabedoria, mas também pela influência dos que nos rodeiam, que, diga-se de passagem, mudam consideravelmente também com o passar das décadas.
E minhas perguntas bestas se acumulam e se misturam. Somos tão facilmente influenciados assim? Podem dizer que "claro que não, não é assim!". Mas acho que mesmo sendo poucos os pensamentos que nos apossamos, qualquer que seja o número deles, para mim é muito.