08/05/2010

Ma chère Charlotte



Sim, um post para a filha do grande Serge. Não, não associo os dois. Vejo poucas influências musicais e realmente acho que são estilos totalmente diferentes.
O estopim para o post foi um achado hoje: Lemming. Filme francês de 2005 que encontrei por 9,90. A presença da outra Charlotte, a Rampling, foi o outro enorme agrado do filme (tem como não gostar dela?).
Partindo desse filme, vemos que ela escolhe filmes não tão pops, porém substanciais (clichê, hein?). Estou cada vez mais impressionado com as pequenas nuances que Charlotte consegue trazer a qualquer personagem, principalmente nos seus momentos mudos - expressões sutis e incrivelmente naturais.
Sim, é um filme diferente, onde o suspense amadurece muito bem, e tendo em vista que são poucos cenários e personagens, os 4 atores principais o sustentam com perfeição.
Falando das escolhas para filmes, precisa falar de Anticristo? Do sofrimento ao desespero/raiva extremos, vemos a carga que Charlotte consegue transmitir.
Sim, isso é um post de fã.
E em rumos musicais: trip hop, pop, lounge, sacadas de jazz, uma mistura tão deliciosa. Dos seus 3 cds, acerta incrivelmente bem em 2. O primeiro, feito pelo pai, acho que deve ser limado do cenário musical. Aliás, qualquer cd que se chame Lemon Incest, deveria ter esse destino.
O segundo, produzido pelo AIR, precisa falar algo?
Me dizem que elanão canta, só sussura. OK, e dai? Nesse cd, o sussurro foi essencial para todo o clima. Tanto as melodias como as letras se encaixaram perfeitamente ao tom dela.
O terceiro cd: Beck. Ainda me pergunto de onde ela teve a idéia. E como deu certo. A partir desse cd, finalmente entrou em turnê, e com backs que sustentam o lado musical mais violento dela (ressaltando que ainda é bem delicado).
Enfim: dicas: Anticristo para momentos em que você pode se dar ao luxo de ver algo bem pesado, Night Time Intermission para escutar de fundo nas conversas noturnas ao telefone e Tricky Pony para dançar com luzes baixas (dica para strip).